sexta-feira, 8 de outubro de 2010

As noites que pareciam dias que pareciam noites

Idiota em sofrer por pensar em uma mulher
Pensando que ela o vai querer, na mesma medida que ele a quer
Insensato! Acreditou em um semi amor.
Se entregou e tentou de forma alguma causar a dor.

Era a flor que caía da pedra. Era o mar que a rocha embebeda.
Dos espinhos cravados na terra, sai o sangue que a alimenta.
E assim, no mais perfeito e lindo dia, foi-se embora, a alegria
E o bem que tanto lhe fazia era quase um sinônimo de apostasia.

Estilhaços dos prédios bombardeando o coração
É a solidão é a distância que torna a esperança um beco sem saída, onde a luz não quis mais voltar.
E ele diz NÃO! Não vou me apaixonar
É quase um remar contra a maré em praia vazia
Vem o medo de novamente se apegar
E tomar um belo banho de balde cheio de água fria
Ele tenta mas nada parece funcionar
São muitos desencontros pra acontecer num só dia.

E a teimosia o faz tentar, lutando para não sofrer de amor
Como tantas vezes já aconteceu por se dispor
Mas, de forma alguma quer a machucar, sempre lhe quer bem
E a incerteza de ser correspondido, machuca mais que o medo do perigo
De ser desmascarado por sua falta de abrigo que o faz se molhar em chuva passageira

Mas, há de ser sempre assim, para quem se envolve o início ou o fim se assemelham
O esforço que em vão se foi, pegar o carro, deixar o pai, adiantar o horário...
Vai lutando para não se sentir muito otário, pois sabe que os amores podem acontecer
E ele a acha especial demais para abandonar assim, sem escrever algumas linhas no nanquim...

É tempo de tentar!