terça-feira, 24 de junho de 2008

Nada & Cia Ltda



Seja bem vindo ao Nada & Cia Ltda
Não sou ninguém reconhecido
Nem valorizado
Ninguém me quer bem, quanto mais me quer
O escuro é frio e denso, as dores se chocam com as gazes da noite
O choque que fere a ferida fecha a unha que corta o vão em branco
O denso parachoque de caminhão que invade meus pensamentos me faz refletir
E reflete a luz da lua que confronta com o olhar de meus pensamentos
Que na inocência se vê ferida pelas promessas de uma boa amizade
Que nunca existiu
Boa sorte! Volte sempre!
Volte morta, volte quebrada, aos pedaços
Que os anjos te salvem do dia do massacre que eu mesmo irei fazer
onde o primeiro cadáver a cair, será o seu!!


Talvez não tenha escrito para uma só pessoa, por isso não se ofenda se se identificar
mas tudo é conseqüência de tudo que aconteceu nos últimos dois anos.
Ninguém tem culpa, mas assim a vida segue, e nos segue castigando pelo que deixamos de fazer!!

29/11/07

Vultos II


A cada nova confusão tudo se torna mais claro
Em meio as difusões e desfoques de acontecimentos
Outro passo em falso, um novo buraco no caminho
A palavra estranha dita em meio a chuva
O beijo roubado dentro do carro
O ombro para repousar
E vultos permanecem na mente
Como sujeira que fixou-se na lente
Medos, labirintos, avessos, tropeços
Cada um com sua respectiva gaveta na estante
Talvez tudo seja somente uma conseqüência do lúpulo!

11/11/07

Espinhos e Fantasias


Do espinho da rosa que transforma o ar
Veio a flecha que tomou a mão ao peito
E da chaga aberta pelo cravo
Pétalas destruídas pelo orgulho
Sonhos desabados aos pedaços
Promessas quebradas e esquecidas
Palavras jogadas ao vento e ao relento
Lento, calado e mudo, apenas abri um leve ar de simpatia
E fiz a volta pela esquerda
Assim a floresta de ações não pensadas e discursos não medidos cresceu Aumentando as dores dos corações partidos pela chama da paixão passageira
Que pegou carona rapidamente e se foi pelo leito do rio
Deixando somente rastros e passos apressados, sorrisos e fragrâncias...
De qualquer forma esse foi, é e vai ser o ciclo, até que a mitologia se torne real
Desmaquiando as fantasias para o triste chão batido da realidade

30/10/07

Reciprocidade


Naturalmente ele se defende...
Se se sente ameaçado, ataca
Se alguém o humilha, ele foge
Se se sente rejeitado, se esconde
Se se importam, ele se importa, se não... manda a pqp

Assim ele aprendeu a viver e ter sua vida
Não da forma como queria, mas como pode ser
A reciprocidade tornou sua lei,
Mas, ele sabe que não tem maldade o suficiente para pagar o mal com o mal
E decidiu decididamente que somente se importará com o que se importa

Já não tem mais preocupações de transformar o mundo num lugar melhor para se viver
Continua fazendo o que pode pelas pessoas que estão a sua volta
Não importando se elas vão fazer o mesmo
Mas, como nem todo altruísmo é puro, ele espera consideração

E mantém aquele sorriso no rosto, mesmo nos dias maus e chuvosos
Acreditando não tão firmamente em seus sonhos, mas acreditando...
Vive na imperfeição, de idéias petrificadas pelas tentativas
E o carrocel da vida roda e roda... no momento ele só quer brincar, nada mais

Mais um ingresso, por favor!!!



29/10/07

Como chocolate


Senhoras e senhores, esta noite não apresentaremos nenhuma palavra de amor, elogio, ou condecorações
A noite está quente, assim como o fogo do inferno que arde as línguas que prendem as notícias e as divulgam
Como tem usado a sua? Tem tratado bem dela, ou somente usado para espalhar fofocas e o mal?
Bom, caros amigos, cuidemos muito bem de nossas palavras, pois assim como ferimos podemos morder a própria língua e absorver o próprio veneno, causando a própria morte social, emocional, ou simplesmente sofrer leves ferimentos
Enfim, cuidem bem de seus próprios defeitos e problemas, deixemos um pouco de lado os alheios, só por hoje.
Pelos menos vamos tentar, não é? Isso as vezes é como pedir ao chocólatra que não coma chocolate

28/10/07

Solitude


Ela chegou sem bater à porta, sem pedir licença, só foi entrando
Me olhou com aquele ar de serenidade e desejo, me fazendo temer e tremer
Mais uma noite ela vem até mim, mais um momento terei de passar em seus braços

Eu que não sei o que é permanente, aproveito sua companhia e a deixo fazer carícias em mim
Sei que não vai ser sempre assim, mas é como pode ser e está sendo, noite após noite
Ela entra sem pedir, sem precisar, e mesmo assim a permito ficar comigo

Seu frio me congela e me pasma, seu olhar já nem me faz tanto mal
Ela que é só, fica aqui comigo que só estava, assim ajuda o outro a esquecer a triste realidade
A única certeza é que ela tem sido minha companhia certa, nessas noites e dias incertos

Ela tão só, me acompanha nessa jornada sem rumo e monótona
Já nem percebo quando ela chega, mas sei que sempre está lá
Minha companheira, e amiga de momentos difíceis, mesmo só, só me deixa e assim fica.

26/10/07

Marcas

Às vezes me pego olhando pro céu tentando compreender as grandezas desse mundo e vejo que tudo é muito fútil
Usamos pessoas, coisas, sentimentos e situações; e depois simplesmente as descartamos como se nada fossem!
O respeito e a consideração ficam de lado por motivos tão pequenos, e quando menos se espera você está lá sozinho
E até com quem você contava não está mais ao seu lado.
Não precisamos de muitas pessoas a nossa volta, mas sim poucas que realmente se importem como nos importamos
E mesmo assim, ainda fazem falta.
Cada ser que passa por nossas vidas deixam marcas, e elas sempre lá estarão, não importa o que aconteça...

25/10/07

Disforme


Por entre os quadriculados círculos do triangulo vejo as luzes da noite
Num calor diagnosticado como fora do padrão como tal comentário anterior
Ás vezes as rimas não encaixam e o sentido não é tal em si como pensaria que pudesse ser
Certo que o que não está certo, pode estar certo por não ser certo
Mas, de qualquer maneira assim se refaz o medo e as matizes de cerâmica
Entre os cortes da ferida na rocha que sangra lágrimas de ar
De qualquer forma se confunde no meio da lama de gelo vermelho que sangra a raiz

E só mais uma forma de enxergar as coisas... a minha forma!

24/10/07