terça-feira, 24 de junho de 2008

Solitude


Ela chegou sem bater à porta, sem pedir licença, só foi entrando
Me olhou com aquele ar de serenidade e desejo, me fazendo temer e tremer
Mais uma noite ela vem até mim, mais um momento terei de passar em seus braços

Eu que não sei o que é permanente, aproveito sua companhia e a deixo fazer carícias em mim
Sei que não vai ser sempre assim, mas é como pode ser e está sendo, noite após noite
Ela entra sem pedir, sem precisar, e mesmo assim a permito ficar comigo

Seu frio me congela e me pasma, seu olhar já nem me faz tanto mal
Ela que é só, fica aqui comigo que só estava, assim ajuda o outro a esquecer a triste realidade
A única certeza é que ela tem sido minha companhia certa, nessas noites e dias incertos

Ela tão só, me acompanha nessa jornada sem rumo e monótona
Já nem percebo quando ela chega, mas sei que sempre está lá
Minha companheira, e amiga de momentos difíceis, mesmo só, só me deixa e assim fica.

26/10/07

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