Talvez só um pedaço da canção em que o esforço se faz necessário
Assim, algumas notas se tornam mais fáceis e os agudos ficam mais graves
E de tal maneira me faltam braços que os pesos se tornam passos para trás
Ainda vai ficar melhor com os grãos caindo da ampulheta que me guia
23/10/07
quinta-feira, 6 de março de 2008
Sombras no retrovisor
Vejo sombras dos mortos no retrovisor embassado pela lama
Os buracos tiram minha concentração no sol e universo
Que conspiram por um período de recesso atemporal
Linhas difusas que se unem para dar formas a abstrações desregradas
Sinto o frio, o chão, o céu e o cheiro de jasmim
E as flores já não tão coloridas emboloram sobre o criado-mudo
Assim me calo sobre os medos e as consequências das escolhas em vão
Ah, se eu soubesse não seria fraco e insconseqüente...
Mas, o mundo gira e eu não tenho pressa, venha o que tiver de ser!
22/10/07
Hey, você!
Consegue sentir a água te lavando, a luz do sol te queimando e o vento que toca o seu cabelo?
Consegue caminhar por essas estradas cheias de curvas, subidas e que parece sem fim?
Consegue perceber que estão todos te olhando e reparando no que veste, no que faz?
Sente o chão sumir por debaixo de seus pés, sem sequer que apaguem as luzes?
Enxerga em si fibra o bastante para vencer sua própria antropofagia?
Ou simplesmente se deixa contaminar por esses cruéis algozes?
Vai prender, ou resolveu deixar esses fantasmas que te assombram confinados?
Não vê que são eles que te assombram pelas tardes de inverno?
Liberte-se, relaxe, tome um novo rumo, não tenha medo de arriscar
Se você se encontra no fundo do poço, não se preocupe, a partir de agora, você só pode subir! (;
E talvez nada mude para ambos os lados, e o gelo consuma seu coração...
E meus olhos continuem sem ver a saída que sei que está a porta
20/10/07
Consegue sentir a água te lavando, a luz do sol te queimando e o vento que toca o seu cabelo?
Consegue caminhar por essas estradas cheias de curvas, subidas e que parece sem fim?
Consegue perceber que estão todos te olhando e reparando no que veste, no que faz?
Sente o chão sumir por debaixo de seus pés, sem sequer que apaguem as luzes?
Enxerga em si fibra o bastante para vencer sua própria antropofagia?
Ou simplesmente se deixa contaminar por esses cruéis algozes?
Vai prender, ou resolveu deixar esses fantasmas que te assombram confinados?
Não vê que são eles que te assombram pelas tardes de inverno?
Liberte-se, relaxe, tome um novo rumo, não tenha medo de arriscar
Se você se encontra no fundo do poço, não se preocupe, a partir de agora, você só pode subir! (;
E talvez nada mude para ambos os lados, e o gelo consuma seu coração...
E meus olhos continuem sem ver a saída que sei que está a porta
20/10/07
Dramas e orgulho
Passamos a vida escolhendo as coisas como nos aprazem
De tal maneira que quando fogem do controle o escuro toma conta da visão
O equilibrio da ânsia do querer e a força para realizar quase sempre é desigual
Os dias vão correndo ligeiro, coisas acontecem, e nem tudo se acerta
Vamos deixando pra depois os problemas a serem resolvidos
Falta coragem de tomar aquele assunto pendente, ficando somente os espinhos
No final das contas é ruim para todos os lados, principalmente para quem tenta mascarar o que se passa
De fato, uma hora o balão enche, e explode, aumentando ainda mais a dor seguinte
Eles só queriam ter mais coragem para resolver dois, ou três assuntos pendentes que carregam pelas noites
Mas, se até das cinzas surge a vida, por que do orgulho não pode surgir ainda a estima, a consideração, a amizade.
E todos levam consigo as coisas boas, mesmo que no oculto, e sofrem por não conseguir quebrar a parede
Se o muro não pode ser quebrado, pode ser ao menos feito uma brecha pra consertar o que foi desastre do outro lado
Os dias passam, como as noites e tudo é sempre igual, anormal, imoral e injustificável
Cicatrizes abertas envolvem meu corpo pálido, que se estica pelo chão da área
O frio que toma conta, já faz parte do que sou, e o fogo que dele provém
Sangue, dor, tristeza e um coração chagado pelo veneno de seus lábios
Que ainda corrói minhas vísceras que queimam e se consomem
Agora que tudo é cinza, sinto uma força que vem de dentro
E acende a vela que se acabou, e se reconstrói
Assim, a vida recomeça...
texto de 18/10/07
De tal maneira que quando fogem do controle o escuro toma conta da visão
O equilibrio da ânsia do querer e a força para realizar quase sempre é desigual
Os dias vão correndo ligeiro, coisas acontecem, e nem tudo se acerta
Vamos deixando pra depois os problemas a serem resolvidos
Falta coragem de tomar aquele assunto pendente, ficando somente os espinhos
No final das contas é ruim para todos os lados, principalmente para quem tenta mascarar o que se passa
De fato, uma hora o balão enche, e explode, aumentando ainda mais a dor seguinte
Eles só queriam ter mais coragem para resolver dois, ou três assuntos pendentes que carregam pelas noites
Mas, se até das cinzas surge a vida, por que do orgulho não pode surgir ainda a estima, a consideração, a amizade.
E todos levam consigo as coisas boas, mesmo que no oculto, e sofrem por não conseguir quebrar a parede
Se o muro não pode ser quebrado, pode ser ao menos feito uma brecha pra consertar o que foi desastre do outro lado
Os dias passam, como as noites e tudo é sempre igual, anormal, imoral e injustificável
Cicatrizes abertas envolvem meu corpo pálido, que se estica pelo chão da área
O frio que toma conta, já faz parte do que sou, e o fogo que dele provém
Sangue, dor, tristeza e um coração chagado pelo veneno de seus lábios
Que ainda corrói minhas vísceras que queimam e se consomem
Agora que tudo é cinza, sinto uma força que vem de dentro
E acende a vela que se acabou, e se reconstrói
Assim, a vida recomeça...
texto de 18/10/07
Seu por hoje
Nesses erros e acertos me perco, me encontro e não sei onde estou
Me sinto sozinho, pequeno, encolhido, me vejo longe do que sou
Me pega, me arrasta, me larga, me deixa esperando por você
Em 30 minutos, conversas, risadas, bobeiras que não consigo esquecer
Talvez eu ainda não entenda, por que que tem que ser assim
Você ai parada, tão perto e longe de mim
Sem poder te tocar, te fazer um pouco de bem
Mas não, não vá embora, pois com você eu fico bem
Mesmo estando parado, de pé, aqui no meio dessa gente eu não ligo
Se está bem com você e comigo, com quem não está não é problema meu
O que distancia é a mesma força que move minha mão, em direção a sua
Então me olhe, me toque, me abraça, me deixa ser só seu por hoje.
texto de 17/10/07
segunda-feira, 3 de março de 2008
Palavras Incertas
Se havia a incerteza, esta se tornou certa.
Se tinha uma impossibilidade, esta se tornou impossível.
Sombras e dúvidas pairam pelo ar que antes pairavam,
Sinos e guilhotas se desdobram pelos ares mais incertos.
O certo e o errado, o sim e o não, num misto frio de queixas e retalhos.
Medos singulares de multidões explícitas sufocam os sentidos mais aguçados,
Lembrando o tempo que eu não tinha medo e jogava nas mais novas e velhas aventuras.
Vi os traços jogados por cima do muro de cristal que enfeitava aquele lindo jardim que cultivei
De fato, as coisas nunca estão no nosso controle, quando imaginamos que estão ou poderiam estar
Criando um misto de verdades e mentiras parciais que nos fazem acreditar no amanhã mais claro e puro.
Não tenho andando muito esperançoso, minhas dúvidas me deixam mais ceticista que nunca, e falam mais de mim que pensei
Talvez isso tudo seja uma mentira, pra mim mesmo, daquelas que a gente pensa que acredita, só pra esquecer o quanto eu me lembro de você...
Se tinha uma impossibilidade, esta se tornou impossível.
Sombras e dúvidas pairam pelo ar que antes pairavam,
Sinos e guilhotas se desdobram pelos ares mais incertos.
O certo e o errado, o sim e o não, num misto frio de queixas e retalhos.
Medos singulares de multidões explícitas sufocam os sentidos mais aguçados,
Lembrando o tempo que eu não tinha medo e jogava nas mais novas e velhas aventuras.
Vi os traços jogados por cima do muro de cristal que enfeitava aquele lindo jardim que cultivei
De fato, as coisas nunca estão no nosso controle, quando imaginamos que estão ou poderiam estar
Criando um misto de verdades e mentiras parciais que nos fazem acreditar no amanhã mais claro e puro.
Não tenho andando muito esperançoso, minhas dúvidas me deixam mais ceticista que nunca, e falam mais de mim que pensei
Talvez isso tudo seja uma mentira, pra mim mesmo, daquelas que a gente pensa que acredita, só pra esquecer o quanto eu me lembro de você...
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