sábado, 1 de março de 2008

Das cinzas

Marcas de minha alma transpassam minha carne e se revelam
Do fogo que me queima nas noites frias e gélidas do mais profundo caos
É o fim dos tempos e todos estamos ai caminhando rumo ao abismo de cólera e corrupção
Lá de baixo das cinzas a vida se faz brotar, mesmo após a queima, o trovão
Nesse momento tudo parece realmente acabar, rumar ao fim, ao derradeiro momento
Tudo parecia desabar sobre minha cabeça, promessas em vão, desilusão, decepção e rancor, assim foram muitos de meus passos

Agora das cinzas da estrada me refaço, endureço, me torno forte para não cair novamente nas mesmas armadilhas...
Buscando neste novo começo, uma nova percepção para enxergar mais longe
Assim tudo se torna mais suave ao doce toque do veneno nos lábios, das torturas corporais sobre minha carne que insiste em se lembrar
Até naquela parte da canção te vi novamente, e já não foi a mesma história

Vôo novamente para a montanha mais distante deixar meus restos mortais e assim repousar com tranquilidade, sem sua levianidade e perspicácia
Lá onde o absoluto se torna presente e perene, sem restrições absurdas

texto criado 14/10/07

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